Por vezes me pego pensando a respeito do que é ser jovem hoje.
A constante sensação de ter vivido tantas coisas e ao mesmo ser tão novo para tantas outras.
Como sempre estar de mal com o tempo, de tal forma que não o percebo passar nem o assisto se arrastar.
Uma enorme dualidade, sempre dividido entre uma coisa e outra, pressionados a decidir.
Logo.
Já.
Pra ontem.
E por falar em decisões, está aí o grande bicho-papão.
Nossos dias passam aquela sensação de que tudo está se acabando, enquanto sentimos que podemos dominar o mundo, mesmo quando não conseguimos sair do quarto.
Tudo é novo, ultrapassado e depois retorna a ser novo... de novo.
E a gente reclama no Twitter.
Vivemos na borda, no limite,
na beira do penhasco, esperando que alguém nos empurre...
ou simplesmente fingindo um tropeço, para cair mais rápido.
E gostamos disso; de falar muita coisa e não dizer nada.
E é tudo confuso, sem que tenhamos a minima vontade de explicar.
No fim do dia podemos ser apenas um conjunto bobo de erros idiotas e decisões ruins.
Mas o que seria de nós sem toda essa confusão?
Bem, eu, certamente, não seria eu.
E nenhum de vocês desocupados estariam aqui lendo as merdas que escrevo quando estou sóbria o bastante pra conjugar alguns verbos ruins.
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