terça-feira, 22 de março de 2022

Nascidos em 2000.

 Por vezes me pego pensando a respeito do que é ser jovem hoje.


A constante sensação de ter vivido tantas coisas e ao mesmo ser tão novo para tantas outras. 

Como sempre estar de mal com o tempo, de tal forma que não o percebo passar nem o assisto se arrastar. 

Uma enorme dualidade, sempre dividido entre uma coisa e outra, pressionados a decidir.

Logo.
Já.
Pra ontem. 


E por falar em decisões, está aí o grande bicho-papão. 

Nossos dias passam aquela sensação de que tudo está se acabando, enquanto sentimos que podemos dominar o mundo, mesmo quando não conseguimos sair do quarto.

Tudo é novo, ultrapassado e depois retorna a ser novo... de novo.

E a gente reclama no Twitter.


Vivemos na borda, no limite,

na beira do penhasco, esperando que alguém nos empurre...

ou simplesmente fingindo um tropeço, para cair mais rápido. 


E gostamos disso; de falar muita coisa e não dizer nada. 

E é tudo confuso, sem que tenhamos a minima vontade de explicar. 

No fim do dia podemos ser apenas um conjunto bobo de erros idiotas e decisões ruins.

Mas o que seria de nós sem toda essa confusão?

Bem, eu, certamente, não seria eu. 

E nenhum de vocês desocupados estariam aqui lendo as merdas que escrevo quando estou sóbria o bastante pra conjugar alguns verbos ruins. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário