Em uma festa qualquer durante o carnaval
Que me peguei lembrando de você.
E foi na terceira dose de Whisky que constatei que minhas comparações eram ridículas,
Mas faziam sentido.
Na minha cabeça, claro.
É, talvez eu já estivesse bêbada.
( Só talvez. )
De alguma forma, as bebidas me faziam lembrar bastante você.
E eu parei para analisar;
A forma que você me aquecia por dentro
E me deixava com o pensamento leve
E o corpo relaxado
Muito se assemelha ao Whisky.
Ou como um único beijo seu
Me deixava levemente embriagada,
E suas palavras atravessadas
Me deixavam com um incômodo na garganta
Eram como uma dose de aguardente.
Seu sorriso tinha os mesmo efeitos
Das batidas e caipirinhas
Me contagiavam e me deixavam alegre...
Mas apenas quando a garrafa do Pérgola estava pela metade,
Quando eu já me encontrava em casa
Remoendo minhas mágoas,
No conforto da minha varanda,
Que me dei conta
Que talvez eu tivesse passado da conta.
Mas como uma boa alcoólatra,
Treinada em madrugadas solitárias,
Não iria desperdiçar
Meio litro do meu vinho preferido.
( Não era eu que costumava deixar as coisas pela metade. )
Engoli tudo em tempo recorde, assim como fiz com as dores que você me provocou.
Então parei para pensar
Sobre a maneira que o vinho, assim como você,
Me incendeia e depois esfria.
Faz com que a chama exploda
Ecloda,
Perdure pelo que restou da noite,
Mas sempre acaba se apagando,
Esfriando,
E me deixando.
E na manhã seguinte,
Tudo que me resta
É uma terrível ressaca.
E foi quando meu estômago revirou
E minha cabeça rodou,
Que percebi
Que de fato,
Misturar bebidas não é algo sensato.
E senso nunca foi meu ponto forte.
Preciso parar de beber.

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