Você descobre que não tem mais jeito quando até mesmo o mundo virtual sabe quem é a sua pessoa e apenas você insiste em negar isso.
Você pode excluir ela do Facebook,
Após um tempo ela vai aparecer como a primeira pessoa na lista de sugestões.
Você pode até cansar de vê-la também no topo da lista de visualizações em seus stories do instagram.
Você pode bloquiar, deixar de postar, deixar de seguir,
Mas um belo dia, quando você resolver deixar de lado essa besteira, e desbloquear a conta, ( ou as contas, dependendo do quanto você foi longe com tudo isso ) mesmo que você ainda não volte a seguir, ela aparecerá no topo da lista até mesmo para quem você vai enviar publicações quando resolve compartilhar algo nos stories.
É inútil fugir do óbvio
E arranjar sustificativas, tais como:
Dizer que são os estúpidos algoritimos que insistem em lhe remeter perfis a quais você interagiu muito em algum momento da vida.
Ou pode dizer que é a vida e seus karmas.
Mesmo que seja a primeira opção, fora do meio virtual é igual dentro...
Você vai trombar com ela no ônibus indo para a faculdade, ou na fila do mercado.
( Mesmo que não morem no mesmo bairro. )
Algum amigo seu, vez ou outra vai trazer o assunto a tona, ou vai comentar sobre esse alguém. Amigo que você nem imaginava que conhecesse essa pessoas, mas o tanto de pessoas conhecidas em comum permitiu que isso acontecesse.
Você vai encontrar esse alguém naquela festa qualquer no fim de samena, a qual você julgou não ser o tipo de ambiente que aquela pessoa frequentaria, mas já se passou tanto tempo que suas suposições a respeito já não lhe servem de nada, você perdeu aquele alguém, e se perdeu no processo...
Mas é triste saber que mesmo não conhecendo aquela pessoa, ainda conhece tanto dela.
Nota isso ao observar um velho hábito;
Como rodear o copo com o dedo distraidamente antes de tomar a bebida,
Ou quando alguém comenta um fato a respeito daquela pessoa, coisa essa que você pensa
"Eu sei, ela me contou, na época em que..." E tenta fugir do pensamento, como quem da murro em ponta de faca.
E, acaso for mais viável a segunda opção, ainda é válido que para isso você conversou muito com aquele alguém, nos mais diversos meios de comunicações
Desde mensagens de texto enviadas beirando o sono
Á ligações de horas a fio madrugada a dentro.
Você se desespera, ao perceber que mesmo que consiga fugir daquele alguém na vida real, e na virtual, o espiritual se encarrega de te perturbar mais um pouco.
E você sonha com ela,
Até seu inconsciente busca pela pessoa, isso não é apenas em sonhos...
Você levanta a cabeça e olha procurando pela multidão, quando alguém louco o bastante para usar roupas parecidas com a sua pessoa passa por você.
Até que você percebe que não importa o meio; virtual, real, espiritual, e foda-se, qualquer um outro que exista
Não há como negar o óbvio
Não para si mesmo.
( Ou você apenas se tornou alguém obcecado. )

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