sábado, 27 de abril de 2019

No verso das suas cartas

"Eu não estou pronta para manter nenhum contato com você.

Não quando a memória do nós ainda está aqui, fresca em minha mente.

Talvez, daqui a um tempo eu seja capaz.

Quando você já não significar tanto, quando a simples menção do seu nome não me causar conflitos internos.
Quando a nossa música tocar no rádio e não me despertar nenhuma nostalgia ou angustia letárgica.

Talvez quando a ferida não estiver tão exposta, sangrando  cada vez que respiro.

Quem sabe quando eu te ver passar por mim na rua e meu coração não errar nenhuma batida ao reconhecer a quem ainda pertence.

Tenho certeza que serei capaz de permitir que mantenhamos ao menos uma amizade quando você já não for a minha pessoa, e esse espaço estiver sendo ocupado por outro alguém...

Por mim mesma, quem sabe.

Até lá, irei fingir que não te conheço quando nosso horários forem covenientes o bastante para fazer com que a gente se esbarre pela avenida.

Vou fingir que nunca ouvi seu nome antes, quando alguém perguntar se eu te conheço.

Vou fazer pouco caso quando perguntarem do término.

Vou fingir que não foi importante,

Espero que não se importe."



( Você tinha razão, eu não sei mentir. )

Nenhum comentário:

Postar um comentário